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3.3 Cooperação e Profissionalização no montado/dehesa

A propriedade dos montados é particular em 75% das explorações. Os proprietários dos dehesas respondem ao seguinte perfil: pequenos proprietários que dependem em rigor das suas explorações de gado e dedicam todo o seu tempo à exploração; proprietários médios/grandes com propriedades de dimensão média ou grande, que se encarregam da gestão comercial dos seus productos; e por último, as sociedades que vêm de outros setores da atividade que contratam serviços de gestão dos montes sem que estas suponham a sua fonte de renda principal.


O uso intensivo de mão-de-obra especializada nas numerosas tarefas tradicionais tem dado passo nos dias de hoje a uma situação simplificada, visto que 60% das explorações têm um único empregado fixo (MAPA 2008). Nas explorações cuja dimensão e uso requeira mais pessoal, além do gestor da propriedade, podem trabalhar na mesma a tempo inteiro os responsáveis pela condução do gado e vigilância em coutos de caça de montaria. Para as tarefas sazonais que não correspondam ao encarregado (em muitos casos polivalente) ocorre a contratação temporal, principalmente para podar, extrair a cortiça, ou fazer as culturas, tendo na atualidade identificado um claro aumento de trabalhadores não especializados.


Mas é sem dúvida a comercialização posterior dos produtos do montado o que possa gerar um maior número e diversidade de empregos, geralmente ligados ao setor agroalimentar. Em todos os casos a cooperação entre os empresários de um mesmo setor e entre os diferentes setores associados ao montado/dehesa e a profissionalização dos trabalhadores vai aumentar o valor dos serviços e dos produtos do montado. Para isso dentro desta atividade ajusta-se a elaboração de planos de profissionalização dos setores associados ao dehesa que sejam determinados como prioritários pelos sócios.

 

No âmbito desta atividade, foi realizado um seminário de profissionalização do setor da cortiça  (jun 2019)